segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Cicatrizes do passado.


Em algum lugar de Azeroth – ano desconhecido

- Vamos Ellurin não tenha medo não desonre nossa raça. Os anciões Blood Elfs ficariam envergonhados de ti e além do mais alguma vez eu já meti você em alguma confusão?  - Dranoch perguntou animado enquanto corria para a floresta densa

Tímido o jovem elfo conhecido como Ellurin responde:

- Na verdade você sempre...  – Antes que pudesse responder Dranoch interrompe seu amigo.

- Seu bocudo não se atreva a responder. E salvei sua pele sempre que entramos em alguma confusão. Estarei sempre do seu lado meu bom amigo.  – Respondeu sorridente o jovem elfo com seu entusiasmo  adolescente.

Ofegante pela boa corrida até o interior da floresta ambos param para recuperar o folego.

- Dranoch é a quinta vez que não assistimos às aulas de História do Professor. Suas notas estão horríveis e você tem se comportando como um humano selvagem nessas nossas rondas sem sentido ao redor da cidade. Seu pai desaprova severamente essas atitudes. Você carrega um sobrenome de responsabilidade.  Hoje teríamos uma avaliação importante para testar nossas habilidades e nosso autocontrole à magia. Em vez disso estamos vagando igual “elfos” (Ellurim faz com os dedos o símbolo de aspas) elfos do mato se é que me entendeu.

- Shhhh Ellu. Acho que hoje conseguimos achar algum morto vivo errante. Ouvi disser que eles estão cada vez mais próximos de nossa cidade. O príncipe Kael´thas se aliou aos humanos para enfrentar os carnes podres. – Sussurrou Dranoch que silenciosamente sacava uma velha espada da bainha.

- DESISTO de trazer a razão para sua mente e coração Dranoch. Estou voltando SEM VOCÊ. – Gritou Ellurin irritado dando as costas á seu amigo.

O silencio da floresta foi quebrado por um bando de corvos que voaram freneticamente para o sul assustando os dois jovens Blood Elfs.

- Dranoch o que foi isso? Perguntou assustado Ellurin

- Eu não sei, mas coisa boa não é? O que teria assustado aqueles corvos?  Também assustado Dranoch segurava a velha espada que nem fio possuía em sua lâmina desgastada.

Antes que os dois pudessem reagir surge da floresta uma aberração, um morto trago de volta a viva deformado pela poderosa magia negra do flagelo.

O pudrido monstro com uma velocidade sobrenatural avança para cima de Ellurin.

Sua boca gigantesca cheia de presas podres e afiada por pouco acerta o ombro de Ellurin, poucos centímetros restaram para o golpe fatal. A espada de Dranoch aparou o golpe que não resistiu ao impacto e se quebrou. Dranoch era um elfo atlético e bem forte. Para a tristeza de sua família ele almejava um dia ser da própria guarda do príncipe de kael´thas. Diferente de Ellurin que era um elfo magro e franzino, porém extremamente inteligente, de pensamento rápido. A família de Dranoch aprovava a amizade porque achavam que Ellurin poderia ser uma ótima influencia ao filho rebelde, entretanto nunca imaginariam que o mesmo era companheiro fiel das mais loucas aventuranças juvenis.

- Corra Ellu o mais rápido que puder. – Gritou Dranoch

- Nunca!. Não vou deixar você sozinho aqui. – Gritou Ellurin

A aberração se irritou em não ter se deliciado com a carne fresca do elfo e investiu furiosamente para cima de Dranoch.

Não havia como se defender e nem espaço para esquivar da monstruosidade. Por instinto Dranoch empurra com força Ellurin, tirando-o do raio de ataque e segura firmemente sua espada quebrada.

- Desculpe Ellurin por meter você nessa confusão e não lhe proteger. – Balbuciou triste o corajoso Blood Elf.

Então a vida do irresponsável elfo passou toda em sua mente ,agora ele enxergava todas suas faltas e encontrará seu destino.

- Hoje não morrei aqui! Gritou Dranoch erguendo confiante a espada que novamente entrou no caminho do ataque entretanto Dranoch não tinha o treino necessário para vencer tal desafio. O que restou da espada se quebra novamente virando pó de ferro e a boca amaldiçoada da vil criatura grava no ombro do corajoso Blood Elf.

Dranoch sente os dentes afiados rompendo cada tecido e musculo de seu corpo e a dor torna tão insuportável que anestesia todos seus sentidos.

- Agora eu realmente irei morrer. – Pensou. Resignado com a morte que o abraçava com seu gélido acalento.

Antes que perdesse todos os seus sentidos. Dranoch vê seu pai ao lado de um humano, Marechal Garithos, lutando com a aberração e diversas outras frotas do flagelo que chegavam.
E de repente tudo ficou escuro.

Nortundria – Coroa de Gelo ano desconhecido.

Duas silhuetas humanoides estavam no topo da montanha gelada, ocultos na sombra da noite. Admiravam a sombria vista do Castelo do Rei Lich. Podia-se ver apenas a respiração ofegante e a dificuldade de inspirar o ar pesado carregado de morte que possuía. Nada crescia naquele lugar amaldiçoado pelo flagelo.
Quando as nuvens negras do céu se foram uma enorme lua cheia reinou no céu, iluminando toda Coroa de Gelo revelando o exercito de abominações que o Lich Rei reunia.

Agora a luz fria do luar iluminava as duas misteriosas figuras que estavam no alto da montanha. Dois Blood Elf. Um era alto e franzino (despois pego a descrição do Ellurim) vestia belas roupas de tecido fino, adornados de joias e runas magicas. Carregava um cajado de marfim que irradiava uma poderosa luz negra provavelmente era um sacerdote das artes das trevas o outro elfo era forte de longos cabelos vermelhos usava uma pesada armadura de placas toda adornada de inscrições sagradas que irradiavam uma serena luz dourada mostrando claramente que se tratava um paladino. Uma dupla realmente intrigante.

- Dranoch! Vamos? – Perguntou Ellurin.

O elfo não respondeu perdido em seus pensamentos mais íntimos.

- Dranoch? Está divagando novamente amigo? – Riu Ellurin

Então Dranoch volta a realidade.

- Estava lembrando do passado meu amigo. – Respondeu com um ar triste o paladino colocando a mão no ombro lembrando de velhas feridas que nunca cicatrizam.

Com um suspiro fundo Dranoch levanta a cabeça veste seu elmo, pega seu enorme escudo com o símbolo dos Fendasol que estava gravado na neve.

- Vamos meu amigo. É hoje que o Lich vai conhecer a justiça de Quel´Thalas.
E assim partiram os dois amigos junto ao grupo que o esperava.